quarta-feira, 11 de junho de 2008

RESENHA DO FILME “ A CONQUISTA DA HONRA”.

Dirigido por Clint Eastwood e produzido por ele junto a Robert Lorenz, Steven Spielberg,e com participação de Patrick Dollaghan, Michael Ahl, Joey Allen, Gunnarr Baldursson, Adam Beach, Jamie Bell, Ken Watanabe, Paul Walker, Ryan Phillippe, Jon Kellam, Andri Sigurðsson e inspirado na obra de James Bradley e Ron Powers,e na história veridica dos sodados que ergueram a bandeira norte-americana na ilha japonesa de Iwo Jima,durante as lutas travadas contra o Japão durante a II Guerra Mundial,que após esse ato viram heróis e acabam participando de uma turnê nos EUA para angariar fundos para o exercito,e para fazer propaganda da Guerra.De cidade em cidade, vão posando de heróis mesmo que não tenham sido e sorriem mesmo que se sintam aterrorizados pelas lembranças de seus companheiros de batalha por causa de uma fotografia tirada por Joe Rosenthal da Associated Press,mostrando todo o nacionalismo patriotico,em moda na epoca,que foi uma das causa da Guerra.
Esse luta foi decisiva,pois na Europa a Guerra já havia acabado,mas no Pacifico não,portando a luta pela conquista da ilha japonesa de Iwo Jima foi crucial para o fim da Guerra (e uma das batalhas crucias para os estadunidenses) e a vitoria definitiva dos Aliados,o filme mostra a luta que ceifou a vida de 21 mil soldados japoneses e 6,8 mil jovens ocidentais.
O mais interessante é que a maioria dos soldados é de origem humilde,entre eles a um descendente de índios e um filho de agricultores,mostrando como a politica de Guerra Norte -Americana tinha entre os seus objetivos se livrar da grande quantidade de jovens entre as populações de baixa renda,inclusive para manter a paz da classe média,pois estes mesmos jovens se se mantessem vivos poderiam começar a fazer reivindicações e a mostrara o quanto a economia norte-americana ia mal através dos índices de desemprego,miseira ,fome e etc.Além disso o autor do filme faz através deste uma discussão do conceito de heroismo.

Fichamento do texto: MILMAN, Luis.
Negacionismo: Gênese e desenvolvimento do extermínio conceitual.

O negacionismo é uma irracionalidade, e uma prova de que a imaginação anti - semita ainda pode estar a serviço de um projeto político com vista a impedir uma pseudo- conspiração de judeus. Para Milman o negacionismo é uma construção ideológica (seu objetivo é reabilitar o nazifascismo como opção política) aspirante a historia, e por isso colocam questões profundas aos historiadores quanto ao papel da História e da memória para a educação humanista.
Um dos argumentos dos negacionista é que existem enfoques antagônicos sobre os fatos do Holocausto, mas sobre os fatos não há duvidas, pois já foram cientificamente comprovados. Mesmo sendo uma historiografia contorcida, o negacionismo é a expressão do perpectivismo relativista, que tentam justificar o Holocausto como um crime de guerra retirando a avaliação moral do Holocausto (Milman coloca que ao contrario dos crimes de guerra o Holocausto foi deliberado e planificado,executado de forma industrial com emprego de tecnologia, de métodos de planejamento modernos e a criação de uma máquina administrativa), amplamente favorecidos pela distancia temporal do fim da II Guerra Mundial e pela destruição que os nazistas causaram a maioria das provas do Holocausto (como Primo Levi coloca em seu livro os afogados e os sobreviventes, grande parte da história do Holocausto é composto pelos testemunhos de seus sobreviventes).
Começando com Maurice Bardèchetendo depois se expandindo por outros países e outros intelectuais importantes como Paul Rassinier e Robert Faurisson como o inglês David Irving, o norte-americano Arthur Butz e o francês Roger Garaudy|, o negacionismo tem seu surgimento nos anos 50,e uma maior produção cientifica e adesão de intelectuais durante as décadas de 70 e 80,durante os quais passa o componente das tentativas de reestruturação política do fascismo.Mais tarde um de seus principais intelectuais , Garaudy,torna-se-a um martí devido as sanções penais a qual foi subemetido.
Além disso ,Milman ressalta a existência de um negacionismo de esquedar,que se apropiam dos erros da da monografia de Marx ,A Questão Judaica (1844) que identifica o modo de vida judeu a o modo de vida capitalista;e acaba dando respaldo intelectual a tese de que os judeus são comrrompidos,são sujos e só querem dinheiro não sabendo analisar que as motivações judeaiscas pelo dinheio não eram raciais e sim sócio-economicas , “O Anti-semitismo, sua história e suas causas” de Bernard Lázaro, “História judia, religião judia e O peso de três milénios” de Israel Shahak,”Judaísmo e alteridade”, de Alberto d'Anzul também são livros usados pelos revisionistas de esquerda.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Resenha do Livro de Literatura: CONRAD, Joseph. O Coração das Trevas.
Belo Horizonte. Editora Itatiaia. 1984.

Se formos fazer uma história da literatura, constataremos que o período do colonialismo de 1876 a 1914 foi um período cheio de sugestões misteriosas, aventureiras e pirotescas
a esse tipo de produção artística, foi nessa época que o escritor polonês Joseph Conrad escreve seu romance-aventura.
Metafórico, as selvas que ele descreve através da boca de seu personagem principal o capitão Marlow, representam um espaço no qual o homem europeu colonizador se vê livre das convenções normais a qual estava submetido no seu país natal, e tomado pela ideologia de progresso na qual foi educado desde pequeno, expande sobre o espaço colonizado o seu poder e acaba levando tudo a destruição e a barbárie, ainda como marinheiro Marlow contratado por uma companhia comercial, é enviado numa missão para procurar o funcionário exemplar da companhia o capitão Kurtz (os dois foram indicados e contratados pelo mesma indicação na Companhia)que é o exemplo da metáfora de Conrad, escondido na selva Kurtz faz de tudo para extrair marfim, principal produto da companhia belga, mas acaba pondo em risco os poderes da mesma.
Marlow descreve a dominação do homem branco sobre outros povos, inicialmente acredita que Kurtz havia se embrenhado no ponto mais profundo da selva para resgatar os selvagens, ou levar a eles a civilização, mas descobre que o único objetivo de Kurtz é buscar fortuna e poder, Marlow descreve também contradição inerente a sensação de poder que a dominação colonial trazia que por causa de elementos da política e da cultura européia da época tinha um desejo incontrolável de expansão, e, portanto inerente ao homem moderno. E como Kurtz perde a referência ética e moral por causa do seu isolamento de outros homens colonizadores, e da convivência só com os selvagens que haviam feito dele um deus, e quando finalmente Marlow o encontra ao invés da personificação de um mito do qual todo falavam muito bem, Kurtz estava doente e abatido por sua ambição.
O autor Joseph Conrad situa o romance - aventura nas selvas do rio Tâmisa, um lugar onde dez dias pode parecer uma eternidade (o capitão Marlow metaforiza a selva nas duas mulheres que o atenderam na Companhia guiavam ao desconhecido e eram indiferentes como os rostos que viam, como se algo poderoso existisse na selva ,aguardando o fim daquela invasão para qual ele e seus colegas estavam colaborando), que permanece inalterado apesar dos trabalhos prestados por colonizadores aos selvagens, que em busca de riqueza ou fama haviam sido a gloria de suas nações-impérios, enfrentando o clima e outras dificuldades da região.
Através do seu personagem o autor diferencia as tentativas de conquistas antigas das modernas, pelo fato das ultimas terem um apego a eficiência, e, portanto alcançarem mais rapidamente e melhor seus objetivos, e esse apego a eficiência é ensinado às crianças, através da demonstração da gloria dos exploradores incitam novas gerações de exploradores.
Contraditoriamente Marlow sabe que a companhia só tem objetivos mercantis e financeiros na exploração do marfim das terras africanas, ele tenra acreditar que a missão tem um algo de filantrópico, da parte dos colonizadores em querer levar a civilização, o progresso para os selvagens, para ele a sua tia (que o descrevera como uma criatura maravilhosa,apesar do trabalho no além mar não ser bem visto pela maioria)que acreditava nisso estava longe da realidade (ele argumenta que essa era uma característica comum das mulheres em relação a todos os assuntos e de muitas pessoas em relação ao assunto da colonização devido a ideologia da época que pregava a conquista com esse sentido filantrópico,e que os colonizadores e não as companhias eram responsáveis por este) e para a maioria das pessoas Kurtz era a personificação dessa missão, conseguindo ser ao mesmo filantrópico no sentido descrito acima e lucrativo.Mas na posto onde não havia extração/venda de marfim havia um clima de conspiração,porque todos queriam ir para os postos que tinha extração/venda de marfim para lucrar com isso.
Em um determinado momento o capitão Marlow descreve o baixo valor que tinha a vida humana nessas regiões colonizadas, onde, soldados eram desembarcados pra tomarem conta dos funcionários aduaneiros e ambos morriam no meio da selva, descreve também a escravização desnecessária dos selvagens que para ele não podiam ser vistos como inimigos apesar da maioria de seus colegas exploradores /colonizadores serem a favor das punições e da escravização como forma de evitar novas rebeliões, além de outras destruições (da selva, da cultura ) sem sentido inclusive implantando um sistema em que os próprios nativos dominavam uns sobre os outros e as pessoas que morriam eram obrigadas a se embrenhar na selva e em alguns pontos foram obrigados a fugir das suas casas por medo ,o capitão Marlow retrata também como era estranho o uso de componentes espantosamente vindos do outro lado do mar por parte dos nativos selgavens.
Apesar disso o capitão Marlow argumenta que era necessário controlá-los principalmente os mensageiros que não eram confiáveis ,e os carregadores que provocavam confusões fugindo à noite
O ápice da descrição da contradição moderna e da ideologia européia da época é escrito quando o capitão Marlow descreve o contador da companhia que em meio à desmoralização, ao calor, ao barulho que o fazia detestar os selvagens, e as moscas com punhais e não ferrões mantinha suas roupas arrumadas muitíssimo bem, demonstrando firmeza moral, e no momento em que descreve o jovem aristocrata que apesar de ser um trabalhador por sua posição social tornara-se o espião do gerente(que o capitão Marlow descreve como um ineficiente que só tinha galgado o posto por que tinha uma boa saúde em meio a mundo de doenças) ,e como este tinha direito a velas.
Outro ponto importante é a demonstração a tese eugênica em moda na época,na parte em que pó medico examina o capitão Marlow,mede o seu crânio e tenta procurar uma razão biológica para ele estar disposto aos sacrifícios de uma vida além –mar,o médico afirma tenebrosamente que nunca consegue ver novamente seus pacientes que tem esse destino e por isso não consegue completar os estudos,para ele as alterações eram internas ligadas a algum problema genético como pregava a eugenia.

BIBLIOGRAFIA:

BERMAN, Marshall. Tudo o que é solido se desmancha no ar.
DE DECCA, Edgar. ”O colonialismo como glória do império” in ___ REIS FILHO, Daniel Arão.O século XX: o tempo das incertezas. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000. Volume I,
HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios.

Resenha do Livro de Literatura: LEVI, Primo. Os afogados e os sobreviventes.
Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 1990.

O autor foi um dos primeiros a escrever sobre o Holocausto, trabalho pelo qual foi amplamente reconhecido, principalmente por ter sido prisioneiro no campo de concentração/eliminação de Auschwitz-Birkenau, nascido em julho de 1919, morreu em abril de 1987 na Italia, sendo suas principais obras É isso um Homem?(trabalho memoralista),o fascismo se deu durante a sua formação universitaria ,o que o atrapalhou a concluir seus estudos e conseguir um emprego,mais tarde Levi fez parte da resistencia no Norte da Italia e por isso foi para o campo de concentração,ele foi libertado do campo de concentração/eliminação pelo exercito russo,tendo sobrevivido como ele mesmo descreve no seu livro Os afogados e os sobreviventes por uma conjuntura de fatores (todos os sobreviventes só o fizerem devido a uma conjunção diversa de fatores) como por exemplo seus conhecimentos de alemão e de química(pelos quais chegou a ser um dos privilegiados que descreve no mesmo livro que ele descreve,trabalhando para descobrir a borracha sintética nas fabricas que existiam dentro do próprio campo de concentração).
É importante descrever minimamente a biografia do autor, pois seus escritos são baseados nas suas experiências, o livro que pretendo resenhar foi um o mais importante e o ultimo livro escrito por Levi, que já estava aposentado e escrevia em tempo integral, mais focado no Holocausto e nos campos de concentração, o livro pretende responder a perguntas básicas como Por que vocês não fugiram? Além de tentar esclarecer aspectos do fenômeno dos campos de concentração (que serviram sucessivamente como centro de terror político, fabrica de morte, e reservatório de mão de obra escrava com a qual as indústrias obtinham extraordinários lucros) que ainda não foram esclarecidos, principalmente para as novas gerações mostrando para eles a veracidade do Holocausto, e a possibilidades que ele ocorra de novo focando nos aspectos que fizeram o sistema concentracionario nazista permanecer único em termos qualitativos e quantitivos em meio às guerras atuais (ou seja, os aspectos que permitiram que muitas vidas humanas fossem eliminadas num tempo curto, e com combinação de tecnologia, fanatismo e crueldade).
As primeiras notícias sobre os campos de extermínio se divulgaram mais amplamente no ano de 1942, mas a maioria das pessoas teve tendência de rejeitá-las em razão do seu absurdo, o que já tinha sido previsto pelos culpados e sentido pelos prisioneiros amedrontados. As provas matérias foram suprimidas durante a decadência do regime nazista, principalmente depois da batalha de Stalingrado, pois enquanto estavam vencendo os nazistas não se preocupavam, pois sabiam que os vencedores também detêm a verdade, mais depois das suas primeiras derrotas passaram a queimar arquivos dos campos de concentração e desviar os sobreviventes para longe do lugar de origem, além de fazer calar os seus próprios militantes e as testemunhas civis pelo medo, pela adesão voluntária.
A partir daí Levi faz um importante debate historiográfico, colocando que a história dos campos de concentração é constituída pelas memórias dos sobreviventes, que infelizmente devido às condições desumanas as quais estavam submetidos em sua maioria não conseguiam ver a totalidade do fenômeno que estavam presenciando, a melhor narração do que acontecia nos campos de concentração veio daqueles que eram neles prisioneiros políticos, e, portanto já tinham um conhecimento que permitia interpretar os fatos e não se submeterem, em sua grande maioria, a compromissos com os SS e tinham também condições de vida mais toleráveis que os judeus nos últimos anos do regime nazista.
Outra dificuldade levantada por Levi para a reconstituição histórica dos fenômenos dos campos de concentração é o desaparecimento de testemunhas, ou uma desmemoria por parte delas, verdadeira ou não essa desmemoria é ajudada pelo tempo, já que é sabido que com ele as recordações com o tempo se modificam, principalmente as recordações de pessoas submetidas a traumas; nesse caso especifico tanto opressores quanto oprimidos buscam refugio no tempo, por motivos diferentes.
Os opressores justificam suas ações, já que é difícil negá-las com maior base ao longo do tempo colocando a culpa na educação (que ensinavam obediência absoluta, hierarquia, nacionalismo, e que a justiça era só para os alemães, a verdade só estava nas palavras do chefe) na falta de autonomia que o regime instaurava, Levi argumenta que a pressão que um Estado totalitário moderno exerce sobre o individuo é tremenda, através da propaganda direta ou dissimulada pela educação, pela instrução, pela cultura popular, mas não é total e que a maioria dos SS foi educada antes que o Reich se tornasse totalitário, e sua adesão a ele tinha sido um resultado de uma escolha, ditada pelo oportunismo (e por executar suas tarefas foram promovidos) e entusiasmo. Já as vitimas tendem a culpabilizar o opressor, e se esquivam das recordações devido a dor.
Além disso, a história dos campos de concentração não pode ser vista como tende a historia popular, ensinada nas escolas a ver, ou seja, como um simples conflito, bipolar, entre nós e eles. Levi explica que nos campos de concentração o nós não existia, e o recém chegado era visto por todos como um inimigo, tanto pelos SS que o recebiam com violência quanto pelos os outros presos, que ao invés de lhe serem solidários, tinham em relação a ele além de atitudes violentas, grande desprezo e inveja, pois os recém chegados eram para os presos mais velhos como Levi explica, e pareciam trazer o cheiro da sua casa e um pouco de dignidade, e acabavam sendo um alvo para afogar a humilhação.
Então Levi explica como que alguns prisioneiros, entre eles ele mesmo, conseguiram sobreviver, obtendo privilégios como mais comida se submetendo as autoridades do campo, apesar de serem minorias nos campos de concentração é maioria entre os sobreviventes, e a principal reconstrução memorial do fenômeno se dá a partir deles, embora seus testemunhos não sejam completos por que eles não experimentaram a totalidade do fenômeno, e também porque eles procuram sempre se defender e justificar suas ações pelo condicionamento a qual seu comportamento era exposto, pelas tensões do campo de concentração que levavam as pessoas a terem atitudes contraditórias na busca pela sobrevivência, que reduzia suas escolhas,estava disposto a colaborar com os SS por vários motivos como, por exemplo: terror, engano ideológico, imitação do vencedor, ânsia de poder, covardia e tentativa de escapar.
Para Levi além dessas reduções morais, que levavam as pessoas a colaborar com os SS (cuja disciplina era cega) como modo de escapar à “Solução Final”, outro fator que dificultou a resistência foi à junção de pessoas de todas as idades, sexos, nacionalidades, condições sociais e ideologias por diferentes motivos nos campos de concentração.
Esses privilegiados surgiram por que a área de poder dos SS era estreita e necessitava de auxiliares externos, as quais eram relegadas tarefas marginais e criminosas (como cuidar dos fornos crematórios, o que aliava as consciências dos SS). Apesar disso os privilegiados lutavam para conservar seus privilégios, mas tinham no final o mesmo destino dos não privilegiados em geral eram rudes e insolentes, mas não violentos e nem percebidos como inimigos.
A exceção era os privilegiados que chegavam a galgar posições de comando das brigadas de trabalhos e das outras atividades, que com habilidade e/ou fortuna tinham acesso as informações secretas dos campos de concentração, tornando se mais tarde seus historiadores e ajudando seus companheiros, mas a maioria tinha atitudes violentas; primeiro por que eram corrompidos pela natureza excêntrica corrompia, e segundo por que eram punidos se não fossem duros com seus companheiros.
Inicialmente eram criminosos comuns, prisioneiros políticos já moralmente debilitados, sádicos, frustrados, infelizes dispostos a reverenciar a autoridade hierárquica, além daqueles entre os oprimidos que se identificavam com os opressores, que reproduzia nos campos de concentração a estrutura hierárquica do Estado totalitário, no qual o poder emana do alto e um controle de baixo para cima é quase impossível, no caso dos campos de concentração o poder de baixo era nulo e o poder dos privilegiados era absoluto, apesar de serem sempre eliminados para evitar as resistências, mais tarde entre os privilegiados se encontraram até judeus para demonstrar que eles se dobravam a qualquer humilhação, inclusive a destruição de si mesmos.

BIBLIOGRAFIA:

BERMAN, Marshall. Tudo o que é solido se desmancha no ar.
KRAUSE-VILMAR, Díetfrid. A negação dos assassinatos em massa do nacional-socialismo: desafios para a ciência e para a educação política.
CYTRYNOWICZ, Roney. As formas de lembrar e a historia do Holocausto.
SCHILLING, Voltaire. Os Assassinos da Memória. O Revisionismo na História.
KOUTZII, Flávio. Neonazismo e revisionismo: Um desafio político.

sábado, 7 de junho de 2008

Fichamento: VÍZENTINI, Paulo Fagundes.
O ressurgimento da extrema direita e do neonazismo: a dimensão histórica e internacional.

O autor começa argumentando que o surgimento da extrema direita nazista é um fenômeno, embora não associado aos movimentos políticos com eleitores, ele ressurge principalmente a partir da década de 80, principalmente devido a crise da década de 70 que causam revoluções ultranacionalistas ou socialistas, que atingem o Terceiro Mundo, da Nicarágua à Angola, do Ira ao Vietnã e o milagre asiático,ou seja o começo do bem sucedido capitalismo no Terceiro Mundo e o desgaste progressivo do capitalismo nos países europeus ,esses três fatores quebraram a simpatia européia com o Terceiro Mundo.
A reorganização da economia mundial e a regressão demográfica nos países do Norte alimentaram as emigrações em massa nessa mesma época de países do Terceiro Mundo para os do Primeiro, o que após a crise gerou xenofobia, uma idéia de que esses imigrantes degenariam a cultura européia, uma das bases de apoio dos neonazistas, outro fator é a influencia dos movimentos de contra –cultura que nasceram em protesto a idéia de a cidadania só é efetivada quando você consome,esses movimentos se apegaram a ideologias diversas desde os anos 60.
Historicamente esta é a mesma época em que os regimes de influencia fascistas como o de Portugal, O Grego e o da Espanha, além da retomada da Guerra Fria(e o conseqüente retorno do elogio a violência, o culto ao militarismo, à força,e principalmente o elogia estadunidense aqueles que combateram movimentos esquerdistas como os contra no Nicarágua e os radicais Islâmicos no Oriente Médio) e do liberalismo a nível internacional e portanto uma sensação de insegurança foi recorrente na Europa durante essa época,principalmente devido a mudança no sistema de produção,ou seja,passou de fordismo com emprego garantido para o taylorismo sem emprego garantido e com todos os direitos flexibilizados,a partir daí os estrangeiros começam a simbolizar alem da ameaça cultural uma ameaça econômica também.
Essa época também retornou com o irracionalismo como paradigma científico e base de sustentação para movimentos como os neonazistas, ou seja, a idéia de que o real não existe e não é possível compreende-lo por isso o neonazismo se baseará num misticismo muito mais forte do que o misticismo do nazismo histórico.




BILIOGRAFIA:

PAXTON, Robert. A Anatomia do Fascismo.Capitulo 7.
HOBSBAWM, Eric. A era dos Extremos.
São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1.


O autor descreve como a guerra era vista e sentida como o fim do mundo e da raça humana, essencial para compreender o século vinte as duas Guerras que abalaram a civilização ocidental e deram origem à crise econômica e à solução para esta (como o planejamento econômico,a ajuda aos trabalhadores da década de ouro )
A mudança foi tão grande que as pessoas separavam o passado como uma era de paz e depois de 1914 a era da guerra, isso por que não havia Guerras Mundiais envolvendo os principais países do mundo incluindo suas colônias ultramarinas embora estas não tivessem escolha quanto à participação na Guerra, e a principal guerra da era anterior, o século XIX foi a Guerra Civil Norte Americana.
Travadas em torno de objetivos ilimitados, resultados da fusão entre política e economia buscando atender aos objetivos das grandes corporações essas guerras buscaram adquirir territórios para recrutar matérias primas e mão de obra baratas e obter apoio político nos seus países ,principalmente das classes altas e médias,inundados por uma onda de nacionalismos que se reforçavam na dominação de outros países.
Além disso, o autor mostra como a Primeira Guerra Mundial acabou com o status quo principalmente na Alemanha após o Tratado de Versalhes que lhe impôs a perca de território, dinheiro e dignidade e deu espaço para que se travasse a Segunda Guerra Mundial, e como essas duas guerras além de muitos mortos produziram um ampla armamento bélico e uma industria especifica para esses armamentos ,industrias essas que passam a ser muitos lucrativas já que repõem rapidamente sua maquinaria e gera cada vez mais produz aperfeiçoados,além de aperfeiçoar as técnicas de administração que unidas causaram a impessoalidade da guerra,ou seja,a capacidade de matar sem ver as vitimas,como a bomba de hidrogênio,os mísseis de longa distancia e etc.Permitindo que as pessoas se concentrassem,se burocratizassem,nas suas tarefas e em cumpri-las da melhor maneira possível sem analisar as conseqüências dos seus atos.







BLIBLIOGRAFIA:

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor. Capítulo 4: a singularidade e normalidade do Holocausto
HOBSBAWM, Eric. A era dos Impérios. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988. Capítulos 4,5 e 6.
PAXTON, Robert. A Anatomia do Fascismo. Capítulo 7.
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capitulo 5.
BRAZ, Marcelo e NETO, José Paulo. Economia Política uma introdução crítica.

Fichamento: HOBSBAWM, Eric. A era dos Impérios.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988. Capítulos 4,5 e 6.

Primeiramente o autor vai buscar caracterizar o processo de democratização da sociedade burguesa que ocorrei no final do século XIX, que começa a ameaçar a ordem social e gerar medo das elites à revolução social como a que ocorreu em 1871, na Comuna de Paris, mas essa democratização após 1870 tornou se inevitável devido inclusive as agitações socialistas de 1890 e a Primeira Revolução Russa, embora os governantes tentassem controlar por não saber suas conseqüências.
Como não podiam mais monopolizar a democracia, as classes dominantes procuram manipulá-la inclusive limitando o papel político das assembléias eleitas pelo sufrágio universal, ou o voto nominal em que senhores poderosos ou patrões pressionam os eleitores, mesmo apesar dessas limitações, o eleitorado estava mesmo ampliando – se, começando a desenvolver uma política de massa com partidos e propaganda de massa geralmente aliados à ideologia. Enquanto os políticos se baseavam cada vez mais na retórica as discussões políticas sérias restringiam se aos intelectuais.
Entre essas massas estavam proletários, pequenos burgueses de caráter conservador, nacionalista e anti-semita, e também pelo campesinato, além de cidadãos unidos por lealdades setoriais embora tivessem um alto potencial político a propria Igreja Católica resistia à formação de partidos políticos. Já os partidos protestantes, que eram mais raros, apoiavam as bandeiras do nacionalismo e do liberalismo.
O autor descreve também o processo pelo qual a identificação emocional com das pessoas com as nações se tornou uma ideologia encapada pela direita política, e depois foi apropriado por povos que não possuíam Estado independentes com os finlandeses, para o campesinato esse nacionalismo foi pouco interessante mais para as classes medias baixas que viam na língua uma forma de ascender socialmente entrando na burocracia do Estado. Os nacionalismo também fizeram com que os soldados fossem para a 1ª Guerra Mundial ,que foi causada por esse mesmo nacionalismo extremado,como cidadãos e civis voluntários a serviço da nação.
Esse nacionalismo deu origem também a xenofobia, ou seja, a era em que os estrangeiros começaram, a ser vistos como ameaças a os costumes tradicionais de uma determinada região.Nessa xenofobia,e na idéia de raça /povo escolhido nasceu a vinculação do nacionalismo com a direita política,e também pelo fato da esquerda pregar o internacionalismo.
Essa era também teve agitações das massas, onde os operários apesar de poucos eram unidos coletivamente, e os partidos socialistas se beneficiavam da oposição clara dos trabalhadores aos ricos, e apesar da idéia de colapso da sociedade capitalista nos anos 1890 parecer impossível o movimento crescia apoiado em sindicatos e em dois outros setores cruciais:o de transportes e o do funcionalismo público.
Assim concluímos que a era de 1875-194 foi a era em que a democracia foi alargada permitindo o fortalecimento de movimentos sociais à esquerda e a direita,este utimo principalmente concatenado ao nacionalismo vingente.
:
SILVA, Francisco C. T. da, ”Os Fascismos” In ___ FILHO, Daniel Aarão Reis (org.)
Século XX Volume II: O Tempo das Crises.

O autor caracteriza o fascismo como um conjunto de movimentos nacionalistas de extrema direita de estrutura hierárquica e autoritária e de ideologia antiliberal, antidemocrática e antisocialista (antiuniversalista e anti - iluminista, antiogmatico, antidemagrafico, inovador.) cuja primeira realização cronológica foi na Itália.
Manifesta a opinião de que não devemos tratar o fascismo como um simples objeto de história, ou fato preso ao passado sem inserção na política contemporânea, pois ele ressurge a partir da década de 80, como movimento de reação das massas apoiado ou não pela direita parlamentar, ligado a publicação de documentos sobre os fascismos anteriores devido à reunificação alemã (e a onda de nacionalismo xenófobo daí advinda), e ao fim da Guerra Fria, isso ocorreu em países como França, Alemanha, Itália e etc.
Uma das causas que o autor cita para este tratamento do fascismo como acidente, foi à ação dos EUA no contexto de Guerra Fria, que para evitar que as elites políticas já fragilizadas pela guerra tivessem seu poder mais abalado pela culpabilização o que possibilitaria a influência soviética. Na Alemanha, por exemplo, em 1946 os Estados Unidos atenuavam a legislação sobre a desnazificação, o que a deixou incompleta (é possível fazer uma ponte entre o fascismo e o neofascismo através dessa desnazificação incompleta.
Também da sua coerência interna dada pala fala e ação voltada para exaltação de características próprias (originais, autônomas), nacionais e históricas de cada movimento, para justificar suas idéias; o que não destrói a universalidade do fenômeno, pois tem características comuns. E externa é dada pela identidade e colaborações praticadas entre o regime, essas coerências são tão fortes que propiciam uma ligação intensa entre a linguagem e a ação,as oscilações do fascismo são produtos portanto de uma procura pela aceitabilidade perante as massas.
Suas soluções anti- modernas eram extremamente atrativa, pois a modernidade é contraditória e sua contradição permeava as pessoas, estas entravam em conflitos, pois tinham suas tradições despedaçadas, mas ao mesmo tempo surgiam muitas possibilidades de experiências. Então o fascismo se propunha o culto à tecnologia criada pela modernidade, mas também aos valores moralistas tradicionais, pela preservação desses na comunidade popular é necessário acabar com aqueles que não se encaixam nesses valores homegeineizantes (os estrangeiros, ou seja, aquilo que não se encaixa no nacional é antinacional), diante dos quais as diferenças têm que desaparecer.
As minorias que impediram a coesão nacional, enfraquecendo o Estado, não há, portanto espaço para esse outro e a violência é a reposta fascista. É importante ressaltar que antes do fascismo, havia sentimento de negação do outro, mas o fascismo exarcebou este.
Assim canaliza-se o ódio em direção a outro que é diferente (esta concepção de mundo é que permite o Holocausto), que não tem cultivam os valores da exaltação da dor, do autoritarismo, do sadomasoquismo, da virilidade, do companheirismo, da beleza masculina se erotismo e da vida comum distante das mulheres (aqueles que não estão no seu circulo de “arianos”, os grupos minoritários) como fazem os fascistas, através de rituais cívicos os fascistas constroem sua identidade (perdida em meio às contradições da modernidade, por meio do restabelecimento de corpos sociais pela corporação fascista). Logo o fascismo uniu a estranheza psicológica em relação ao outro e as condições sociais de insatisfação de sua época (o que acontece novamente hoje em dia) oferecendo conforto e segurança ante as contradições modernas.
O fascismo sofreu influencia da experiência das trincheiras, causada pela 1ª Guerra, que gerou o sentimento de pertencer ao corpo com fins maiores, daí surgem além das personalidades autoritárias, idéias positivas de força, lealdade, honra, temperança, autocontrole e desprendimento da vida, hierarquia (que garantiria a unidade entre Estado e povo), estas permitem “absorção” (como valor a ser alcançado) do individuo pela coletividade.
É atraente também pela sua visão de mundo coerente, onde o líder propunha se a interpretar os anseios das massas, darem sentido e unidade a federação frouxa que era o Estado fascista (este líder ao carregar toda estas responsabilidades se via fraco perante pressões de diversos grupos e ofuscado pelo seu pessoal político que tinha poder pelo fato das diretrizes serem dadas sempre oralmente, recomendação do próprio líder), este era visto como imune as contradições o que garantia segurança das pessoas e a coesão nacional, por isso as pessoas transferiam sua identidade e liberdade pessoal para o coletivo ou para o líder.
Esta transferência era favorecida pela proposta de Estado corporativista, resgatando a descrição de corporação dos autores românticos do século XIX, cuja participação era restrita aos arianos, e aonde reinava a harmonia. Na corporação reuniam-se os dois pólos da produção, mas ao contrario do que pregava não punha em relação direta o trabalhador e o patrão, mas sim patrão e partido, pois controlava os salários e as condições de trabalho.
Esta proposta de estado corporativista tomou formas diferentes no diversos regimes fascistas na Noruega, por exemplo, a hegemonia da burguesia sobre a corporação é clara, mas no caso alemão e italiano há uma tentativa de se apoderar um pouco da tradição marxista, na propaganda, na retórica e na criação de formas alternativas de organizações moralizadoras dos operários, isto para conter a ação dos partidos de esquerda.
A corporação havia sido destruída pelo liberalismo, um sistema falido, desagregador (das tradições, por tanto a esperança era acabar com o liberalismo) e com o conteúdo ideológico esvaziado segundo eles, por isso o fascismo é uma resposta também a crise liberal, o que o marxismo também era, mas só que este era criticado pelos fascistas pelo seu caráter antinacional. Além disso, os fascistas negam a herança da Revolução Francesa, porque esta r transforma judeus em cidadãos, e põem em pratica o principio da representação e o partidarismo que dividia o povo em defesa de interesses individuais (por isso pregavam o partido único e a unidade entre partido e Estado).
Criticam também a limitação do poder pelo liberalismo, por isso absorvem o judiciário pelo complexo movimento/partido, maximizaram o executivo na figura do líder, que serviria aos interesses da comunidade, esta parte da doutrina fascista era um grande passo para a construção da comunidade popular.
O Estado fascista concede certa autonomia a sua burocracia, o que gera a junção de objetivos dispares em torno da mesma doutrina e do mesmo líder. Além disso, o estado fascista desconhece limitações na busca incessante da sua superação como potencia, para garantir a existência da comunidade, portanto não distingue o público do privado, nem se retém em administrar a economia que se juntando ao fordismo garantiria o abastecimento do mercado interno e serviria ao povo. Os próprios fascistas a partir daí se caracterizavam como regimes de produtores. O homem fascista, representante da raça, seria o vinculo dessa potencia.
Enfim o fascismo ao incorporar o homem ao Estado corporativo resolve o problema da estranheza e distancia entre os dois, que gerava sentimentos de revolta, inutilidade etc. Ao pregar um novo tipo de sociedade, atraía os decepcionados com o liberalismo (que sofria desgaste político e econômico), ao buscar na raça a cola para unir a comunidade popular, exarcebou a identificação dos arianos em oposição ao outro minoritário.
Bibliografia:
BERMAN, Marshall “Tudo que é sólido se desmancha no ar: a aventura da modernidade”.(páginas: 24 a 49)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

http://www.powerscrap.com/nav/powerkut/ClickTracker.aspx?sei=CAMQARoKbmVvbmF6aXN0YSACKPrj
Links bacanas:
http://tomcsp.blogspot.com/2006/04/grupo-skinhead-neonazista-apavora.html
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2177637,00.html
http://blog.controversia.com.br/2006/10/25/crise-acelera-avanco-neonazista/
http://www.mexidinho.com/2007/11/pesquisa-mapeia-discurso-neonazista-na.html
http://blogblogs.com.br/tag/neonazista
http://www.minadeletras.us/2003/06/bb_a_neonazista.html
http://www.denunciar.org.br/twiki/bin/view/SaferNet/Noticia20061025034124
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070909_israelnazistas_mp.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070909_israelnazistas_mp.shtml
Resenha do Filme Triunfo da Vontade.
O filme foi feito por Leni Riefenstahl,que era na epoca do regime nazista ;cineasta oficial desse mesmo regime no qual gasta amplos recursos para fazer os efeitos especiais(respondendo ao principio da estética nazi, Alfred Rosenberg ("O Mito do Século) "a arte germânica é ação)para a propaganda politica do regime nazista e do registrar o Congresso do Partido Nazista de 4 a 10 de Setembro de 1934 em Nuremberg(cujos preparativos foram feitos junto com os preparativos do filme, organizado como reunião popular, mas como uma propaganda e segundo a autora do filme tudo foi organizado nesse evento de acordo com a camera),quando Hitler estava no auge de sua ascensão.
O filme amostra membros reais do Partido Nazista, e os soldados fazendo atividades que não são de guerra;tentando indicar a lealdade alemã à Hitler,o idolo retratado no filme no qual atriuem-se a sua figura,um grande homem,o messias.Principalmente numa das cenas iniciais onde Hitler desce de um bimotor e é aclamado pela multidão,e nas cenas seguintes que mostram grandes desfiles,monumentos e discursos,onde se mostra a pompa do regime nazista e a relação dessa pompa com o seu comandante principal.
A propaganda nazista mostra como a frase de um dos seus principais ideologos , Goebbels : "Uma mentira muitas vezes repetida, torna-se verdade" realmente se realizou na Alemanha,onde através da propaganda o regime nazista consegui ter apoio,consentimento e colaboração de sua população,onde a figura de Hitler se concatenava a multidão e a seu país.
Além disso, o filme procura mostrar uma falsa unidade do Partido Nazista depois da noite das longas facas, a eliminação da SA como tentando demonstrar que o regime não era tão extremo como SA mostrava,e a unidade do Exercito e da SS,assim como da juventude e dos alemães em geral,reforçando o argumento de que a imagem de Hitler era a de um autêntica representante das massas alemães,do seu país e da raça ariana.


BIBLIOGRAFIA:
SILVA, Francisco C. T. da, ”Os Fascismos” In ___ FILHO, Daniel Aarão Reis (org.).
BERMAN, Marshall “Tudo que é sólido se desmancha no ar: a aventura da modernidade”. (páginas: 24 a 49).
“The Nazis” O filme.





Resenha do Filme Feliz Natal

O filme de Christian Carion,com Diane Kruger, Benno Fürmann, Guillaume Canet, Gary Lewis, Lucas Belvaux , Dany Boon,Daniel Brühl, Alex Ferns, Steven Robertson, Frank Witter, Bernard Le Coq, Ian Richardson, Christopher Fulford, Robin Laing, Daniel Brühl ,Joachim Bissmeier, Thomas Schmauser, Marc Robert como atores principais é inspirada numa história verídica, tendo como cenário uma parte da França,onde está ocorrendo a 1ª Guerra Mundial portanto os exércitos alemão,escocês e francês (aliados contra o primeiro,o alemão)estão lutando nas trincheiras.
O filme se passa durante a noite da véspera de Natal, durante a qual os exércitos começam a tocar e cantar musica, e o comandante de cada um dos exércitos é autorizado a estabelecer uma trégua durante a qual os combatentes celebram o Natal juntos e percebem como suas realidades são parecidas e como a guerra era um interesse apenas dos seus Estados, mas não deles como indivíduos. Essa confraternização muda a vida dos quatro personagens que se encontram em meio a ela, um padre escocês, um tenente francês, um tenor alemão e uma soprano dinamarquesa.
Ao contrario do que Hobsbawm coloca no seu livro a Era dos impérios, onde salienta os movimentos nacionalistas e imperialistas que deram origem a 1ª Guerra Mundial como movimentos apoiados pela maioria das populações dos seus países,principalmente nas classes dominantes e médias.
Outro ponto interessante é que os alemães são apresentados pelo filme como seres simpáticos, cujo capitão do exercito era judeu, contrastando com as idéias populares de que os alemães são seres antipáticos e anti-semitas por natureza.Ao contrario do que a maioria dos estudiosos da área,restringe o anti-semitismo aos movimentos que sugiram depois da 1ª Guerra,principalmente na Alemanha,o que não é verdade pois existem provas (documentos e etc) que comprovam a existência do anti-semitismo desde o fina l do século XIX.

BIBLIOGRAFIA:
HOBSBAWM, Eric. A era dos Impérios. Capitulo 4,5,6.
GASSET, José Ortega y. História como Sistema.
GASSET, José Ortega y.A rebelião das Massas.