segunda-feira, 12 de maio de 2008

Este texto descreve uma época em que a industrialização estava chegando a varias regiões do mundo, e as condições de vida e trabalho estavam melhoras que nunca, e os países europeus estavam ampliando seus domínios, por necessidade de mercados e de matérias - primas, ou seja, entre 1876 e 1914.
Essa expansão territorial se dirigiu basicamente para a África, Oceano Pacífico e Ásia, e foi produto da necessidade interna do modo capitalista de produção, que não encontra mais espaço para se reproduzir nos limites do Estado- Nação, e criou embate com os limites jurídicos cuja aplicação só pode ser feita em um território limitado, nas colônias os indivíduos que possuíam o capital ou que eram administradores colônias decidiam, com ajuda do aparato militar. Então o autor argumenta que justamente por isso que o termo imperialismo, cunhado para explicar essa era, não é correta; pois se correlaciona com a idéia de império, que estenderia suas leis para os seus domínios, processo que não ocorreu nessa época de dominação.
Essa nova colonização também ocorreu por meios de investimentos de capital em países independentes politicamente, mas não financeira, como o Brasil.
Nessa era também houve alterações nos comportamento do homem médio europeu; como o aumento da população pelo desenvolvimento da ciência e de medicina, aumento do tempo de lazer, o surgimento das vitrines de lojas e exposições de tecnologia, com as quais as pessoas se deslumbravam; e o nascimento do turismo. Justamente criou se a crença de que a ciência e a técnica são infalíveis.
Apesar de todo o progresso, e euforia com as transformações e as melhores condições de vida, houve também uma crise de identidade, por causa da “expansão e de superação de uma vida levada na mais pacata ordem, rotina e disciplina” (pagina 164). Ou seja, as certezas do pensamento europeu iluminista estavam desaparecendo, os antigos valores entrava em contradição com a realidade, o que levou a uma busca pelo ocultismo principalmente pelo pensamento conservador de direita.Uma das principais transformações foi o inicio da participação da mulher na vida pública como trabalhadora,mas também como eleitora.
Os romances de aventura dessa época expressam bem essa crise identitária (a produção literária nessa era foi grande). Por exemplo, para o autor o romance de Rudyard Kipling, que conta a estória de Mowgli é uma tradução da obediência que o cidadão devia ao Estado. E o de Joseph Conrad, mostra como onde está sem convenções, o homem expande seu poder e leva tudo a destruição, portanto esses dos autores descrevem os aspectos contraditórios do homem moderno e expandem os horizontes humanos na medida em que quem não tinha dinheiro para viajar, lia um romance e se defontrava com um novo mundo. Junto ao romance, e aos relatos de viajantes surgiu a antropologia, os três buscavam de maneira diferentes responder as curiosidades acerca das sociedades coloniais.
O imperialismo teve que lutar também contra uma força política de contestação, o socialismo, que ele ajudou a propagar nessa era.

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