quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fichamento número 7: PAXTON, Robert. A Anatomia do Fascismo.
Capítulo 7.
Esse texto visa discutir as possibilidades de ressurgimento do nazismo, debate que gira em torno das concepções de nazismo e das manifestações recentes do mesmo (principalmente na década de 80 e 90 como movimentos de extrema-direita). A maioria dos autores envolvidos nesse debate ressalta que as condições européias daquela época não podem se repetir, os que afirmam que o fascismo é possível mostram ele como um racismo e nacionalismo violentos.
E importante ressaltar que a volta ao fascismo é facilitada principalmente devido à morte da geração da época do fascismo clássico (anos 40), sem estas testemunhas deu se inicio ao revisionismo histórico (corrente historiográfica que pretende negar o Holocausto e as barbaridades do fascismo), e reacendeu se a chama da possibilidade de um novo fascismo com outras características.
Embora o ressurgimento seja em grande parte como movimento de extrema direita, e assuste mais do que conquiste aliados na maioria dos casos, é importante ressaltar que em grande parte fruto da crise da década de 70 e do aumento das imigrações de países subdesenvolvidos para países desenvolvidos em alguns países como na França e Inglaterra esses movimentos chegaram a ter fatias de representação no Parlamento, nas votações locais; ou seja, começaram a ter algum poder, entretanto distanciados da linguagem e da imagem fascistas, incluindo entre seus partidários veteranos fascistas, conservadores moderados e socialistas desiludidos após a queda da URSS.
Essa base moderada era extremamente necessária para cegara ter algum poder, devido à recente lembrança da situação pós 2ª Guerra. Baseados na retórica da ameaça a identidade nacional representada pelos estrangeiros, usada também pelo fascismo clássico, conquistou grande parte dos seus eleitores, por outro lado ao contrario do fascismo clássico, esses novos movimentos são a favor do liberalismo, das constituições democráticas e do estado de direito, principalmente por causa da crise da década de 70-80.
Finalmente, o autor discute a possibilidade do fascismo ocorre fora das condições matérias européias, analisando ditaduras da década de 30-40 no mundo subdesenvolvido, discutindo principalmente as ditaduras de Perón e Vargas, que tinham semelhanças com o fascismo na área da propaganda, mas havia grandes diferenças. Já a variante japonesa, imposta pelos governantes, embora tivesse semelhanças como o medo dos russos, era mais um império expansionista com políticas de massas segundo Paxton. Também discute a possibilidade de um fascismo religioso, que substituiria a idéia de nação por religião como aglutinadora da identidade nacional.
BLIBLIOGRAFIA:
DIAS, Adriana . Links de Ódio – o racismo, o revisionismo e o neonazismo na internet.
KOUTZII, Flávio. Neonazismo e revisionismo: Um desafio político.
VÍZENTINI, Paulo Fagundes. O ressurgimento da extrema direita e do neonazismo: a dimensão histórica e internacional.
TRINDADE, Hélgio. Fascismo e Neofascismo na América Latina .

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